A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da 14ª Delegacia Regional de Barra de São Francisco, em conjunto com a Força Tática e o Serviço de Inteligência do 11º Batalhão da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), prendeu, na tarde desta sexta-feira (1º), um suspeito de 44 anos, identificado como Jorgimar Bonifácio Machado, vulgo “Duim”, no Córrego do Recreio, zona rural de Barra de São Francisco. Ele é apontado como chefe de uma organização criminosa com características de milícia e grupo de extermínio atuante em Queimados, na Baixada Fluminense (RJ).

A ação foi resultado de nove dias de trabalho ininterrupto de inteligência e cerco tático. A investigação contou com o apoio técnico da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), localizada na capital Vitória. O criminoso foi localizado escondido em uma área de vegetação no município, onde buscava se esconder da Justiça. 

Considerado de alta periculosidade, “Duim” era foragido e possuía diversos mandados de prisão em aberto.

O delegado Robson Peixoto, da 14ª Delegacia Regional de Barra de São Francisco, destacou a gravidade das ações do grupo criminoso ao qual o suspeito pertence. “Ele é apontado como integrante do grupo criminoso ‘Caçadores de Gansos’, responsável por promover execuções sumárias de supostos traficantes, usuários de drogas e assaltantes. A organização é investigada desde 2016 pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), sendo diretamente associada ao aumento expressivo dos índices de homicídio na região entre 2010 e 2016", disse o delegado. 

Ainda de acordo com o delegado, o detido possui nove registros criminais, todos no estado do Rio de Janeiro, incluindo anotações por homicídio qualificado, extorsão, extorsão mediante sequestro e constituição de milícia privada. Entre os crimes atribuídos a ele, há um sequestro e tortura de um chefe do tráfico ocorrido em 2020.

Cercado pelas equipes, o criminoso se rendeu após negociação e foi detido. Ele foi conduzido à 14ª Delegacia Regional de Barra de São Francisco para os devidos procedimentos legais e, ao final, será entregue ao sistema penitenciário estadual, à disposição da Justiça.