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Produtora de Linhares é finalista do prêmio de melhor cacau do Brasil.

Ana Claudia Milanez Rigoni representa o Espírito Santo na categoria Varietal do VII Concurso Nacional de Cacau Especial.

Produtora de Linhares é finalista do prêmio de melhor cacau do Brasil.
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O Espírito Santo tem motivo para comemorar. A produtora Ana Claudia Milanez Rigoni, de Linhares, está entre os 20 finalistas do VII Concurso Nacional de Cacau Especial, promovido pelo Centro de Inovação do Cacau (CIC). Representando o estado na categoria Varietal, ela disputa com produtores de Rondônia, Pará e Bahia o título de melhor cacau do Brasil.

“Estou muito feliz. Este é o décimo prêmio que conquisto. Em 2020, fiquei em primeiro lugar no Brasil; em 2021, em segundo lugar em Paris; em 2022, em terceiro; nos anos seguintes, vieram mais um segundo e um primeiro lugar. Neste ano, veio o primeiro lugar no concurso capixaba. Também conquistei cinco selos de Identificação Geográfica, que reconhecem qualidade e sustentabilidade — algo difícil de alcançar. Os cinco primeiros do país são nossos, da Fazenda Guarani. Além disso, ganhei o primeior lugar no concurso de Qualidade de Amêndoas da Nestlé e agora estou classificada para o Concurso Internacional de Amsterdã”, conta Ana Claudia.

Tantos prêmios só foram possíveis com muito trabalho e atenção à qualidade. “Foi um processo conduzido com muito cuidado em cada etapa — da colheita à fermentação e à secagem das amêndoas. Nosso foco sempre foi produzir um cacau de excelência, com manejo criterioso e fermentação controlada. Esse resultado é fruto de estudo, dedicação e amor pela lavoura — um trabalho que começou lá atrás, com meu pai, Laurito Rigoni — e mostra que seguimos no caminho certo.”

Finalistas
A seleção dos finalistas do concurso é resultado de um rigoroso processo de avaliação físico-química e sensorial das amêndoas, que inclui análise de líquor e degustação às cegas de chocolates 70% produzidos com os lotes inscritos. Todos os produtos recebem codificação para garantir imparcialidade na escolha dos vencedores.

Mais do que sabor e qualidade, o concurso valoriza práticas sustentáveis. Os participantes são avaliados também por suas condutas de produção, com base no Currículo de Sustentabilidade do Cacau, referência nacional para boas práticas agrícolas. “Essas práticas contribuem para conservar florestas, aumentar a eficiência no manejo e elevar a produtividade”, destaca Cristiano Villela, diretor do CIC.

Durante o processo, cada produtor respondeu a um questionário de sustentabilidade, e auditores visitaram as propriedades para confirmar as informações declaradas, assegurando a conformidade socioambiental das lavouras.

O avanço do movimento bean-to-bar — do grão à barra — tem ampliado o reconhecimento do cacau brasileiro entre consumidores que valorizam origem, transparência e sustentabilidade. “O cacau de qualidade é a chave para alcançar nichos mais exigentes, que valorizam o sabor, a história e as condições de produção. Essa valorização fortalece a imagem do produtor e do Brasil como origem de excelência”, reforça Villela.

A competição vai distribuir R$ 100 mil em prêmios entre os três primeiros colocados das categorias Varietal e Mistura (Blend). Os vencedores serão conhecidos no dia 6 de dezembro, em Cacoal (RO), após as etapas finais de avaliação sensorial.

 

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